domingo, 19 de fevereiro de 2012

Visão Ecológica - Por Edson Paim & Rosalda Paim





Visão  Ecológica é a expressão cunhada por Rosalda Paim, quando da elaboração de sua Teoria Sistêmica de Enfermagem (1967/74) para denotar a visualização ou o estudo de quaisquer sistemas. mediante o prisma ou a perspectiva da Ecologia e, constitui uma etapa intermediária, utilizada para a elaboração, na esteira da Complexidade, do Pensamento Sistêmico Ecológico Cibernético Informacional (PSECI), o qual corresponde ao quadro de referência ou base filosófico da  sua "Teoria Sistêmica Ecológica Cibernética de Enfermagem.

A Visão Ecológica ou Perspectiva Ecológica constitui o segundo capítulo do  Livro SISTEMISMO ECOLÓGICO CIBERNÉTICO - UM PARADIGMA HOLÍSTICO, 4a. Edição - 2004 - 342 p., de autoria de Edson Paim & Rosalda Paim, o qual é apresentado a seguir: 




VISÀO ECOLÓGICA


visão ecológica é a percepção da realidade sob a ótica, sob o prisma, sob a perspectiva daEcologia.
No capítulo anterior, apresentamos o Sistemismo como o primeiro degrau da metodologia Sistêmica Ecológica Cibernética ou Eco-sistemismo Cibernético.
A Visão Ecológica constitui o segundo degrau do referido quadro de referência, como veremos no terceiro capítulo, intitulado Sistemismo Ecológico.    
         A par da utilização do enfoque sistêmico da Ecologia,  proposto no capítulo anterior, preconizamos a abordagem, simultânea, dos sistemas,  tanto sob os cânones do Sistemismo, como através do prisma da Ecologia, resultando daí, uma dupla perspectiva: Sistêmica e Ecológica..
             Recíproca e  simultaneamente,  advogamos o emprego  da abordagem do ambiente sob uma perspectiva sistêmica, com base nos cânones daTeoria Geral dos Sistemas (Sistemismo), além da sua óbvia focalização sob o prisma eminentemente  ecológico, surgindo, então, a Ecologia Sistêmica.       
Desta estratégia resulta a necessidade de utilização de um sistema discursivo ecológico na visualização dos sistemas e, vice-versa, a aplicação de uma linguagem sistêmica na descrição do ambiente dos sistemas, estratégia capaz de enriquecer, tanto o próprio estudo do sistema como o do respectivo ambiente.
O estudo de um determinado sistema, sem se considerar o ambiente que o envolve, se tornaria uma abordagem insuficiente, limitativa, fragmentária ou reducionista, tendo em vista que as condições ambientais que envolvem o sistema o afetam de modo significativo e, vice-versa.
Na verdade, o ambiente afeta o sistema, tanto quanto por este é afetado, "vivendo" ambos, em permanente interação recíproca.
Segundo Edgar Morin1“a nova teoria biológica, por mais incompleta que ainda seja, altera a noção de Vida. A nova teoria ecológica, por mais embrionária que seja, altera a noção de Natureza. A ecologia é uma ciência natural, fundada por Haeckel em 1873, que se propõe a estudar a relações entre os organismos e o meio, onde eles vivem.”
           O mesmo autor prossegue::
“Todavia, seja pelo fato da preocupação ecológica ter permanecido menor no conjunto das disciplinas naturais, seja porque o meio era concebido essencialmente como um molde geoclimático por vezes formativo (lamarckiano), outras vezes seletivo (darwiniano), em cujo seio as espécies vivem numa desordem generalizada e em que apenas reina uma lei, a do mais forte ou do mais apto, a verdade é que a ciência ecológica só recentemente concebeu a comunidade dos seres vivos (biocenose) num espaço ou “nicho” geofísico (biótopo), constituindo, juntamente com este, uma unidade global ou ecossistema. Porque razão sistema?
Ele próprio responde:
- “Pelo fato de que o conjunto das sujeições, das interações, das interdependências, no seio do nicho ecológico, constitui apesar e através de eventualidades e incertezas, uma auto-organização espontânea. Com efeito, equilíbrios criam-se e recriam-se entre índice de reprodução e índices de mortalidade. Estas regularidades, mais ou menos flutuantes, estabelecem-se partindo das interações.”
Apesar dos conflitos e antagonismos existentes entre os seres vivos e o ambiente, das associações harmônicas e desarmônicas (inter)intra-espécies, do funcionamento da cadeia alimentar, há um notávelequilíbrio ecológico, pois os ecossistemas possuem a capacidade deauto-regulação e auto-organização, determinado, enfim, pelo clima de cooperação e competição
“Há complementaridades que se estabelecem partindo das associações, simbioses e parasitismo, mas também entre comedor e comido, entre predador e presa, há hierarquias que se estabelecem entre as espécies; assim, da mesma forma que nas associações humanas em que não só as hierarquias, mas também os conflitos e as solidariedades se encontram entre os fundamentos do sistema organizado, a competição (matching) e o ajuste (fitting) são alguns dos fundamentos complexos do ecossistema. Através de todas estas interações, constituem-se os ciclos fundamentais: da planta ao herbívoro e ao carnívoro, do plancto ao peixe e ao pássaro: um ciclo gigantesco em que a energia solar produz o oxigênio, absorve o gás carbônico e une, por meio de mil retículos, o conjunto de seres do nicho ao planeta; nesse sentido o ecossistema é, por certo, uma totalidade auto-organizada. Assim, não era um delírio romântico considerar a Natureza um organismo global, um ser matricial, desde que não se esqueça de que essa mãe é criada por seus próprios filhos e de que ela também é madrasta, utilizando também a destruição e a morte como meio de regulação. 2
A destruição e a morte constituem mecanismos de “feedback”, ou cibernéticos, de regulação e controle da natureza, buscando permanentemente o equilíbrio ecológico, tudo a serviço dabiodiversidade.
Qualquer sistema persiste inserido em um ambiente, com o qual se relaciona (o ser e o ecossistema). Os sistemas só podem existir noambiente. Há apenas uma exceção: o único sistema sem ambiente é o próprio universo, pois não podemos conceber algo em seu entorno, constituindo, nesta acepção, um sistema fechado.
Um sistema de qualquer natureza, adicionado de seu ambiente, corresponde à totalidade douniverso.
“A ecologia ou, antes, a ecossistemologia (Wildem, 1972), é uma ciência que nasce, mas que já constitui uma contribuição primordial para a teoria de auto-organização do ser vivo e, no que diz respeito à antropologia, reabilita a noção de Natureza e, nela, enraíza o homem. A natureza já não é desordem, passividade, meio amorfo: é sim, uma totalidade complexa. O homem não é uma entidade estanque em relação de autonomia/dependência organizadora no seio do ecossistema. 3
A colocação da natureza como uma totalidade complexa, sanciona a nossa proposta da necessidade da existência de uma Ecologia Sistêmica, de igual forma que a imposição do surgimento de uma Biologia Sistêmica.
            Semelhantemente a todos os sistemas abertos que estabelecem constantes relações (estruturais, organizacionais e funcionais) entre todos os seus elementos componentes (subsistemas), o ecossistema só pode ser enfocado, também, como um sistema e, por isso mesmo, abordado sob uma visão sistêmica.
Todas as atividades de um sistema como ocorrecom  próprio ser humano, são relações de intercâmbios internos (intra-sistêmicas ou inter-subsistemas) e, também relações do todo com o seu exterior - ambiente, entorno, ecossistema - o que pode ser sintetizado como relações de trocas de matéria, energia e informações.
Esta tríade, em virtude de as informações serem sempre mediadas pormatéria e energia, poderia ser simplificada ou reduzida a dois termos (matéria e energia) e, em razão da unidade da matéria e da energia,seria possível empregar um só desses termos (matéria ou energia), entretanto, preferimos utilizar, sempre, a tríade: matéria, energia e informações, estratégia mais vantajosa, uma vez que, cada uma delas tem seu papel específico, atendendo melhor ás razões didáticas, à lógica, aos propósitos e finalidades deste trabalho.
Em virtude de que os intercâmbios entre osistema e o ambiente afetam a ambos mutuamente, seria considerado reducionista o estudo de qualquersistema que não abranja, também, o do seuambiente.
No intuito de sanar este caráter fragmentário, reducionista, propomos que, na abordagem de quaisquer sistemas, deva mos acrescentar, sempre, o exame de sua dimensão ambiental (ecológica), mediante a aplicação dos conceitos da Ecologia.
A ecologia, nos dias presentes, deve ser considerada em seu sentido mais amplo, abrangente e irrestrito, visualizando o próprio ambiente, como umsistema, estudando-o não só sob a abordagem ecológica, mas, concomitantemente, através doenfoque sistêmico, o que não só caracteriza como justifica nossa proposta de uma Ecologia Sistêmica.
Percebida e assimilada a Ecologia em sua dimensão atual,  a visão ecológica, aliada ao enfoque sistêmico, permitirá uma abordagem de natureza, ainda mais  abrangente, ao constituírem avisão sistêmica ecológica, referencial  obrigatório para o estudo das relações e interações dos sistemascom o ambiente que os envolve e vice-versa.
Esta perspectiva é, sobretudo, imprescindível, quando se aborda a complexidade do sistema humano e de seus metassistemas (família, comunidade, sociedade).
            Segundo Pierre Aguesse,4” a par da sua concepção clássica, a ecologia deve "incluir o Homo Sapiens e suas atividades", pois "a ecologia não é mais apenas a ciência do naturalista, de vez que disciplinas  tão  variadas como o direito, a economia, a sociologia,  etc. devem estar incluídas no seu campo de investigação", resultando em verdadeira ciência o homem.
Uma visão ecológica do homem sugere o seu estudo, de maneira dissociada seu contexto sócio-ambiental, através da Ecologia Social
Para Bougley,5” a ecologia "antes era disciplina um tanto difusa e incoordenada que lutava para abarcar estudos como a fisiologia, a genética e a evolução".
Podemos incluir as atividades laborais comorelações ecológicas  (um aspecto da ecologia humana), pois se trata de uma ação do ser humanosobre o ambiente e/ou sobre outros sistemassituados, também, no ambiente, inclusive os outrossistemas humanos, cuja interação implica em afetação mútua e recíproca.
 Estas relações podem ser traduzidas comotrocas de matéria, energia ou informações entre otrabalhador e o ambiente, ou mais apropriadamente como uma transferência de entropia negativa(negentropia) do corpo humano para o ambiente de trabalho e/ou para o objeto trabalhado.
Hoje em dia, um processo de globalizaçãocrescente está curso, em escala planetária, nos diversos setores da sociedade, afetando todos os seres humanos, indistintamente, principalmente os trabalhadores e os segmentos mais discriminados da sociedade, em virtude da maior dificuldade para adaptação às condições de mudança.
globalização estabelece um sistema de “vasos comunicantes” entre todos os processos sociais, sobretudo de natureza cultural, política e econômica. Este fato vem reforçar a necessidade e está, mesmo, a impor uma mudança de paradigma e uma nova abordagem da realidade.
globalização é conseqüência lógica da evolução e rapidez dos meios de transporte, do desenvolvimento dos processos de comunicação, da transmissão instantânea das informações e, da informatização de variados setores da sociedade, tudo em nível planetário.
Este fenômeno avança a cada dia e veio para ficar, para permanecer, por isso, teremos de assimilar aglobalização, com as suas virtudes e seus efeitos colaterais, queiramos ou não, já que ela constitui uma realidade, quer seja ou não de nosso agrado.
Não adianta permanecermos à maneira de um cachorro que late diante da lua ou tomar atitude de avestruz, enterrando a cabeça na areia, diante do vento. 
Em face deste processo globalizante, oambiente ou ecossistema em que o homem vive tem dimensão planetária: a aldeia global referida porMcLuhan11.
Em relação aos efeitos danosos da era daglobalização, um dos antídotos é o conhecimento e a utilização do Sistemismo e das metodologias dele decorrentes, o que se torna, cada dia, mais necessário, a fim de melhor entender esse processo globalizante e, conseqüentemente, lutar contra suas conseqüências nefastas e capacitando-nos para, ao mesmo tempo, aproveitarmos as suas potencialidades benéficas, entre as quais se destaca os projeto de inclusão digital que permitirá a universalização do acesso às informações pelos setores mais oprimidos da sociedade, como instrumento de ascensão social.   
  .A Teoria Geral dos Sistemas12(Sistemismo) e o Sistemismo Ecológico Cibernético se credenciam como teorias da globalização e, por isto afirmamos que desconhecê-las é se tornar incapacitado para aceitar a inexorabilidade desse processo, para compreender as suas repercussões e atuar em função da possibilidade de evitar seus efeitos danosos.
Seus reflexos se fazem notar no sistema antropossocial, como um todo, no futuro das empresas e, na vida de cada ser humano, impedindo-lhes de usufruir as suas potencialidades benéficas e de se expressar em toda a plenitude.
Sistemismo, estabelecido há meio século, foi capaz de prever o surgimento desta nova realidade e pretendeu representar uma etapa decisiva na construção e evolução de um referencial capaz de corresponder às necessidades dos tempos modernos.  
Esta metodologia, reforçada através da contribuição da Cibernética e da Teoria da Informação, enfatiza o equilíbrio dos sistemas,entre os quais o do corpo humano, enquanto ampliada pelo concurso da Ecologia, extrapola o âmbito do sistema, para abranger, também, oambiente (sistema ambiental), em que o sistemaem causa está inserido.
Ao longo do processo VIDA, o estado deequilíbrio, a homeostasia, a saúde, seria uma condição natural do ser humano, enquanto que o fenômeno doença representaria, simplesmente,  intercorrências, em determinados instantes da sua trajetória vital.
O evento patológico corresponde à resultante dos efeitos, concomitantes, de potencialidades genéticas e de inadequadas relações ser humano com o ambiente,que podem ser traduzidas por impróprias relações de intercâmbio de matéria, energia e informações entre o sistema humano e o ambiente em que vive.
            Atualmente, as condições ambientais se deterioram progressivamente, mercê das ações deletérias do homem sobre o ambiente, resultante, dentre outras causas, da voracidade econômica, provocando a destruição da natureza e minimizando, quase sempre, os dispêndios com medidas de sua conservação e com atividades de saneamento básico.
O saneamento básico representa o “primo pobre” das obras de infra-estrutura, por aparecer menos que as pontes, as  estradas e os hospitais, não têm merecido a necessária atenção dos administradores, apesar de seus enormes dividendos auferidos pela população, expressos por benéficos reflexos, principalmente, no âmbito da saúde pública.    
As referidas condições são potencializadas pela ausência ou insuficiência de outras providências profiláticas e de ações controladoras da poluição, provocando a degradação do ecossistema, condições agravadas por inadequada consciência ecológica,individual e coletiva.
Sistemismo preconiza uma visão ouabordagem sistêmica dos elementos constituintes da realidade, inclusive, do próprio homem (sistema humano).
Com fundamento nas idéias expostas, apresentamos três dentre osPrincípios do Sistemismo Ecológico Cibernéticoobjeto deste livro:

    1 - Princípio da Universalidade Ecológica


  A abordagem de quaisquer sistemas - físicos, biológicos, tecnológicos e antropossociais - deverá, necessariamente, abranger a focalização de seus metassistemas e do ambiente em que se acham inseridos, mormente as referentes às relações de trocas de matéria, energia e informações entre o sistema e seus subsistemas  e, de  ambos com o ambiente.

homem, ao transformar o ambiente, mudou, também, de maneira acentuada e drasticamente, o espectro nosológico.
No passado, as doenças dependiam, além dos fatores genéticos, predominantemente, de condições preexistentes na natureza (ambientes físico e biológico), que ainda condicionam variadas patologias, características das regiões subdesenvolvidas.
Presentemente, a etiologia das doenças está grandemente relacionada com fatores determinantes e condicionantes sociais (ambientes tecnológico e social), mais acentuadas nas áreas desenvolvidas, coexistindo, entretanto, ambas as condições, nas regiões em desenvolvimento.
Dos grandes flagelos que assolam, presentemente, a humanidade inteira, inclusive os habitantes dos países desenvolvidos, dois, antagônicos se destacam, pela amplitude e conseqüências: de um lado a desnutrição, a fome crônica e, de outro a “hipernutrição” (obesidade), - esta, correspondente, de um modo geral, a uma  desnutrição qualitativa -ambas, de caráter endêmico e planetário.
Na verdade, a fome e a obesidade constituem duas enormes pandemias que atingem quase a totalidade dos habitantes da Terra, excetuando, apenas, uma pequena faixa intermediária (“bord line”) da população, passível de ser considerada em estado de higidez
 Com relação à hostilidade do ambiente, o ser vivente pode se comportar de uma, ou mais, das seguintes maneiras:
·         Adapta-se ao ambiente;
·         Transforma o ambiente;
·         Muda de ambiente ou
·         Sucumbe.
A introdução da visão ecológica neste trabalho decorre da importância dos efeitos do ambiente sobre todos os seres vivos e, sobre a totalidade dossistemas nele contidos, mormente, os que envolvem ohomem e à sociedade.
A enfatização da ecologia não se faz em detrimento do ser humano, como ocorre com determinado ecologismo vigente, através do qual, alguns “ambientalistas”, ou seja, supostos ecologistas, privilegiam o ambiente, em detrimento do homem.
 “A nova consciência ecológica deve mudar a idéia de natureza, tanto nas ciências biológicas (para as quais a natureza não passava de selecionadora dos sistemas vivos e não era ecossistema integrador desses sistemas) quanto nas ciências humanas (em que a natureza era amorfa e desordenada). Outra coisa que deve mudar é a concepção da relação ecológica entre um ser vivo e o seu meio ambiente. Segundo o antigo biologismo o ser vivo evoluía no seio da natureza, limitando-se extrair dele energia e matéria, dele dependia unicamente no que se referia a alimentação e suas necessidades físicas. É a Schrödinger, um dos pioneiros da revolução biológica, que devemos a idéia capital de que o ser vivo não se alimenta só de energia, mas também de entropia negativa. (Schrödinger, 1945), isto é de organização complexa e informação. Esta proposição foi desenvolvida diversamente e pode-se afirmar que o ecossistema é co-organizador e co-programador do sistema vivo que se encontra integrado nele (Morin, 1972). Esta proposição apresenta uma conseqüência teórica muito importante: a relação ecossistêmica não é uma relação entre duas entidades estanques; trata-se de uma relação integrativa entre dois sistemas abertos em que cada um é parte do outro, constituindo um todo. 13
            Há uma interação entre os sistemas vivos e osistema ambiental, constituindo um todo em que ambos se afetam mutuamente, correspondendo a um processo integrativo, em que um é parte do outro, formando, na realidade, um novo sistema de maior amplitude, de natureza mista: o sistema vivo/ecossistema. 
“Enquanto a Ecologia modifica a idéia de natureza, a etologia modifica a idéia de animal. Até então, o comportamento animal parecia ora comandado por reações automáticas ou reflexos, ora por impulsos automáticos ou “instintos”, ao mesmo tempo cego e extralúcidos, cuja função era satisfazer as necessidades de proteção, de sobrevivência e de reprodução do organismo. Ora, as primeiras descobertas etológicas indicam que o comportamento animal é, ao mesmo tempo organizado e organizador. Primeiramente surgiram as idéias de organização e território. Os animais comunicam-se, isto é, exprimem de um modo que é recebido como uma mensagem e interpretam comportamentos específicos como mensagens (Sebeok,1968).14
A influência constante e permanente doambiente sobre o sistema humano e seu comportamento, pode ser expressa pelo acoplamento do Enfoque Sistêmico com a Visão Ecológica, como se verá no Princípio da Ecologia Sistêmica, o qual consta do capítulo  III.
A expressão vulgar: “o homem é produto do meio” tem seu fundamento, desde que se lhe acrescente o outro fator,  preponderante, o seu patrimônio genético.
Com apoio nesta assertiva, formulamos o:

- Princípio Genético-Ambiental 


                     O ser humano é, em cada instante de sua trajetória existencial, a resultante dos efeitos de dois componentes: um  genético, expresso pelo conteúdo informacional (instruções codificadas em linguagem cromossômica), equivalente a um projeto inscrito no seu genoma e, outro, correspondente ao impacto ambiental sobre patrimônio genético, produzindo conseqüências cumulativas, cuja historicidade, acrescida dos resultados instantâneos desses fatores, em cada momento considerado, extrapolando para abranger o seu vir-a-ser, tudo sintetizado como o somatório cumulativo das conseqüências das trocas de matéria, energia e informações entre o organismo e o ambiente, ocorrentes no decurso de todo o processo “vida”, incluindo as potencialidades, os projetos e o devir desses intercâmbios.

                           -  Corolários:

            - O ser humano é, em determinado instante de sua trajetória existencial a resultante dos efeitos conjuntos da sua programação genética, expressa em linguagem cromossômica e, da história, adicionada da ação instantânea das trocas de matéria, energia e informações intra-sistêmicas e, do organismo, em sua totalidade, com o ambiente, incluindo, também, o seudevir.
- O homem é, em cada instante considerado, o seu passado, seu presente instantâneo e o seu futuro.
- O presente, o passado e, o vir-a-ser do ser humano estão na dependência das informaçõesarmazenadas no seu código genético e dos efeitos cumulativos (históricos, instantâneos e futuros), decorrentes das ações de trocas de matéria, energia e informações entre o referido ser e o ambiente. 
            Este Princípio poderia, também, ser designado como Princípio Genético (Histórico-Instantâneo-Futuro)-Ambiental.
            Ao encerrarmos este capítulo, insistimos em reafirmar o grande poder de síntese da Teoria Geral dos Sistemas 13, o que se torna evidente, ao permitir relacionar tudo que existe no universo em, apenas, quatro linhas de sistemas:
 - um sistema físico que vai do átomo ao Universo físico;
             - um sistema biológico  - desde o vírus até ao homem;
            - um sistema tecnológico - iniciando com a flecha (ou qualquer outro instrumento, mais primitivo ainda, para chegar aos engenhos espaciais);
- um sistema antropossocial - a partir da família até a sociedade planetária
            Com base nesta síntese, conclui-se que, dentro de uma perspectiva sistêmica da Ecologia, consideramos o ambiente, (também um sistema) que envolve o sistema, objeto de estudo ou de qualquer outro, como sendo integrado por elementos de cada uma destas linhas de sistema.
Isto equivale a conceber o ambiente, em sua totalidade, integralidade e abrangência, como constituído por elementos representativos das quatro linhas de sistemas referidas (ambiente físico, biológico, tecnológico e antropossocial), o que corresponde ao enfoque sistêmico da Ecologia e, permite caracterizar, assim, uma Ecologia Sistêmica.
enfoque sistêmico (Sistemismo), referido no Capítulo anterior e, a visão ecológica, tratada neste Capítulo, serão focalizados, conjuntamente, a seguir, sob a designação de abordagem sistêmica ecológica ou Sistemismo Ecológico, correspondente ao primeiro e ao segundo degraus do processo de elaboração da metodologia sistêmica ecológica cibernética informacional, abreviadamente, Sistemismo Ecológico Cibernético.

Todos os direitos reservados aos autores
copyright Ó by Edson N. Paim e Rosalda C.N. Paim

Diagramação: Marcos A. de Oliveira
Técnico em Informática

Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

                Paim, Edson N.
                Paim, Rosalda C. N.
Sistemismo Ecológico Cibernético /  Edson N. Paim,  Rosalda Paim
                               Técnica: Marcos Antônio de Oliveira  - Lambari (MG);
                               Cel Informática & Editoração Ltda., 2004. 342 p.

                1 - Sistemismo Ecológico Cibernético - Um Paradigma Holístico  

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


Estátua de Brizola



Esta escultura em bronze de Leonel Brizola, feita pelo artista Otto Dumovich, o mesmo da estátua de Caymmi, no Rio, vai enfeitar o Largo da Legalidade, em Porto Alegre, em comemoração aos 50 anos da Cadeia da Legalidade.

Brizola foi um grande brasileiro. Merece.

Ancelmo Góis

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012


O que Publicam os Principais Jornais do País, nesta SEGUNDA-FEIRA, 06-02-2012 (Sinopse Radiobras)


O Globo

Manchete: Estacionar fica até 300% mais caro no Rio
Tarifa por meia hora em shoppings e clínicas chega a variar 600%

Os preços cobrados nos estacionamentos privados no Rio explodiram, com aumentos de até 300% na hora adicional, sem qualquer regra ou fiscalização. Uma parada de meia hora, por exemplo, varia 600%, podendo custar de R$ 2, no Shopping Leblon, a R$ 14, no prédio do Instituto Brasileiro de Oftalmologia, em Botafogo. A hora adicional no shopping RioSul, que custava R$ 1, passou para R$ 4. A consultora jurídica do Procon-RJ Maria Rachel Coelho diz que a entidade está “engessada” desde abril, quando o Órgão Especial do TJ considerou inconstitucional a lei que há um ano proibiu a cobrança por tempo mínimo de permanência. (Págs. 1 e 12)
Aumenta a tensão em Salvador
PF chega à capital baiana para prender grevistas

Salvador vive um cenário de confronto iminente entre tropas do Exército, junto com agentes da Polícia Federal, e PMS em greve há seis dias. O presidente da Assembléia Legislativa, onde os grevistas estão acampados, pediu ao Exército a desocupação imediata do local, e um comando tático da PF chegou à capital baiana para prender 11 PMs com mandados e prisão expedidos. (Págs 1 e 3)
Dificuldades após leilão de aeroportos
Presidente da Odebrecht Infraestrutura, que disputa o leilão de aeroportos, Benedicto Junior diz que o setor privado terá dificuldades com as autarquias. Mas acredita no pragmatismo do governo. (Págs. 1 e 23)
Paraty teve mais 2 barcos assaltados
Os ataques, também violentos, ocorreram na virada do ano, mas as vítimas não registraram queixa por temer represálias. Empresários da região pediram ao estado rigor nas investigações. (Págs. 1 e 19)
Educação
Atraídas pelo mercado brasileiro, universidades estrangeiras firmam parcerias com escolas de negócios do Brasil. (Págs. 1 e 4)
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Folha de S. Paulo

Manchete: Bahia põe blindados nas ruas e prende PM
Já são 86 homicídios nos dias da greve, mais que o dobro da semana anterior

Blindados Urutu do Exército começaram a patrulhar as ruas de Salvador, que vive dias de violência com a greve dos policiais militares iniciada na terça passada.

Nos seis primeiros dias de greve, 86 pessoas foram mortas na região metropolitana, contra 42 no mesmo período da semana anterior. (Págs. 1 e Cotidiano C1)

Entrevista da 2ª: Fui pego de surpresa

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), admitiu ter sido surpreendido pelo tamanho do movimento dos policiais militares. Ele chamou os métodos de parte dos grevistas de “coisa de bandido”.

O ex-sindicalista disse que não vai oferecer nenhum aumento além dos 6,5% já concedidos ao funcionalismo e afirmou ser contra anistia a grevistas envolvidos em atos de vandalismo. (Págs. 1 e Poder A14)
Foto-legenda: Inferno na favela
Habitações em chamas na favela do Corujão, Vila Guilherme (zona norte de SP), atingida ontem pela manhã por um incêndio que deixou um saldo de dois mortos, cinco feridos, e cem barracos destruídos. (Págs. 1 e Cotidiano C3)
Novo ministro tem rádios em nome de empregados
O deputado federal, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que tem posse marcada para hoje como novo ministro das Cidades, é dono de duas rádios na Paraíba registradas em nome de seu ex-contador e de um assessor pessoal.

Eles são titulares da empresa AEComunicações, que controla a emissora e tem sede no escritório de Ribeiro. (Págs. 1 e Poder A8)
Leilão privatiza os 3 aeroportos mais atrativos do país hoje
Passam hoje para a iniciativa privada Guarulhos, Campinas e Brasília, os mais atraentes aeroportos brasileiros em termos financeiros. Onze consórcios participam do leilão, que é simultâneo para os três terminais.

Operadores estrangeiros também estão na disputa do negócio, que é de alto risco, segundo advogados e especialistas. (Págs. 1 e Mercado B1 e B4)
Ricardo Baltazar: Dilma trocou convicções por pragmatismo (Págs. 1 e Opinião A2)

Governo diz que farsa no caso Herzog deve ser investigada (Págs. 1 e Poder A9)

Melchiades Filho
É míope condenar a distribuição de tablets nas escolas. (Págs. 1 e Opinião A2)
Editoriais
Leia “Pedagogia da licitação”, sobre compra de tablets pelo governo; e “Segurança em queda”, acerca de desmoronamento de prédios no Rio. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Rendimento de outros Estados sobe e se aproxima do paulista
Renda média de SP foi a que menos cresceu entre 2006 e 2011: Rio deve assumir primeiro lugar

A diferença entre o rendimento médio real dos trabalhadores da Região Metropolitana de São Paulo ante o resto do País está menor. De 2003 a 2011, o salário dos paulistanos teve alta de 13,8% e foi o que menos cresceu entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE – quase nove pontos porcentuais inferior à total do País. Desde 2003, quando foi implementada a nova metodologia da Pesquisa Mensal de Emprego, o rendimento médio que mais cresceu foi o da Região Metropolitana do Rio (33,8%), seguida pelas de Belo Horizonte (32,1%) e de Salvador (30,9%). “É possível dizer que as demais regiões estão convergindo para onde está São Paulo”, diz Regina Madalozzo, professora de economia do Instituto de Pesquisa e Ensino. (Págs. 1 e Economia B1)
Veto na ONU sobre Síria foi ‘aberração’ diz Hillary
O veto da Rússia e da China a uma resolução contra o regime sírio no Conselho de Segurança da ONU, no sábado, irritou os EUA, seus aliados europeus, nações do Golfo do Pérsico e a Turquia. Esse bloco já busca alternativas para conter a repressão das forças de Bashar Assad aos opositores, no que está se transformando em guerra civil.
“O que aconteceu na ONU foi uma aberração”, disse a secretária dos EUA, Hillary Clinton. (Págs. 1 e Internacional A12)

Egito julga americanos

O Egito diz que julgará 44 pessoas – 19 americanos – por
“financiamento ilegal” de ONGs. (Págs. 1 e Internacional A13)

Foto-legenda: Massacre
Foto feita por morador mostra funeral de mortos por forças leais a Assad; para a oposição, ONU deu ao ditador sírio ‘licença para matar’
Petistas querem Kassab para ter voto estratégico
Líderes do PT veem em uma aliança com o prefeito Gilberto Kassab (PSD) a chance de romper o teto de votos do partido na capital paulista, estimado pelos próprios petistas em 30%. A intenção é quebrar a resistência à legenda em uma área que ocupa metade do mapa da cidade, nos extremos oeste e norte, onde vivem 44% dos eleitores e que normalmente derrota o PT. (Págs. 1 e Nacional A6)
Greve da PM adia volta às aulas na Bahia
Com a greve da Polícia Militar, o sindicato das escolas particulares da Bahia recomendou o adiantamento de volta às aulas marcada para hoje. Apesar da presença de mais de 1,5 mil militares e integrantes da Força Nacional de Segurança, houve 18 assassinatos entre 19h de sábado e 7h de ontem na Região Metropolitana de Salvador. (Págs. 1 e Cidades C1)

Foto-legenda: Reforço
Militares no Farol da Barra, em Salvador; vandalismo continua
Em alto-mar
Com a exploração do pré-sal virando realidade, cresce disputa por lugar entre os fornecedores. (Págs 1 e Negócios)
Anvisa discute veto a cigarro com aditivos (Págs. 1 e Vida A16)

Orçamento para limpeza em SP sobe R$ 200 mil (Págs. 1 e Cidades C5)

Onde de frio deixa mais de 250 mortos na Europa (Págs. 1 e Internacional A15)

Poupatempo agenda renovação de habilitação (Págs. 1 e Cidades C3)

Carlos Alberto Sardenberg
Na base do quebra-galho

Como não consegue reduzir o custo Brasil interno, o governo está empenhado em aumentar o custo mundo. Exatamente o que faz a Argentina. (Págs. 1 e Economia B2)
Notas & Informações
Guerra às doenças tropicais

O ingresso de laboratórios internacionais na campanha deve dar grande impulso à pesquisa. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Falta remédio para doentes de chagas
Brasil é o único país que produz o medicamento. Indústria farmacêutica despreza a doença porque não dá lucro

Durante sete meses, entre abril e outubro de 2011, o laboratório brasileiro deixou de fabricar o benznidazol, fórmula usada no tratamento da doença em fase crônica e aguda. Apesar de o Ministério da Saúde garantir que "não há registro de falta localizada" do remédio, até hoje o abastecimento não foi de todo regularizado. Em Posse (GO), por exemplo, o posto de saúde não tem recebido o medicamento, como revela a série de reportagens que o Correio publica nesta semana. (Págs. 1, 5 e 6)
Tropa de elite da PF chega a Salvador para prender líderes da greve (Págs. 1 e 2)

Cinco candidatos a chefe de polícia
Mais dois delegados estão cotados para o cargo, além dos incluídos na lista tríplice apresentada pela categoria, que teme novas mudanças radicais nas chefias. Nome do diretor da Polícia Civil deverá ser anunciado até amanhã. (Págs. 1, 19 e 20)
Tablets vão à sala de aula
Alunos de três colégios de Brasília começaram o ano letivo com os aparelhos como material didático obrigatório. Pais, professores e especialistas, no entanto, ainda têm dúvidas quanto à eficácia pedagógica da ferramenta. (Págs. 1, 17, 18 e Visão do Correio, 10)
Aposentadoria: A bomba-relógio do sistema previdenciário
Apesar do aumento no número de empregos formais, o rombo no INSS vai ficar cada vez maior, por causa do envelhecimento da população e dos projetos de justiça social. (Págs. 1 e 8)
Outro bispo de Brasília no Vaticano (Págs. 1 e 21)

Mais de 100 mil advogados fazem o exame da OAB (Págs. 1 e 7)

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Valor Econômico

Manchete: Múltis brasileiras trazem US$ 21 bilhões das filiais
As boas perspectivas de crescimento do mercado doméstico em comparação ao cenário de crise nas economias desenvolvidas e o custo menor do crédito fora do país levaram as multinacionais brasileiras a trazer um volume substancial de recursos do exterior, nos chamados empréstimos intercompanhias. Em 2011, as entradas no país por meio desse canal superaram as saídas em US$ 21,2 bilhões, fazendo o saldo líquido dos investimentos brasileiros diretos no exterior ficar positivo em US$ 9,3 bilhões, uma vez que as operações para compra de participação em empresas fora do Brasil exibiram saída líquida de US$ 11,9 bilhões, segundo o Banco Central. O resultado causa alguma estranheza, porque o processo de internacionalização das companhias brasileiras está no início e, em tese, o natural seria que o fluxo líquido fosse de saída de dinheiro do país.

Voltados para atividades produtivas, os investimentos brasileiros diretos se compõem das operações de participação no capital e empréstimos intercompanhias, que envolvem transações entre a matriz no Brasil e a filial no exterior. (Págs. 1 e A3)
Licitação bilionária no pré-sal
A Petrobras vai receber amanhã as propostas das empresas interessadas na montagem dos módulos e integração das oito plataformas de produção, armazenagem e transferência que serão instaladas no pré-sal - montadas no Brasil com alto índice de nacionalização. O custo estimado pelo mercado para o total da encomenda varia de US$ 5 bilhões a US$ 7 bilhões. A compra é de cerca de 80 módulos, com a respectiva integração.

Os oito cascos já estão sendo construídos em Rio Grande (RS), no dique seco da Ecovix, do grupo Engevix Engenharia. O custo de construção dessas unidades é de US$ 3,46 bilhões. Para construir as oito plataformas, a Petrobras dividiu a licitação em fases. Primeiro licitou os cascos, já contratados, e depois colocou em licitação quatro pacotes de módulos e três de integração - serão para estes as propostas entregues amanhã. (Págs. 1 e B7)
Instituto Lula quer arrecadar R$ 70 milhões
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pouco tem frequentado o Instituto Lula desde outubro, quando teve diagnosticado um câncer, mas a articulação política mantém-se intensa no que tornou-se uma espécie de PT paralelo. No comando do instituto, Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae, diz que a preocupação agora é arrecadar R$ 70 milhões entre empresários para manter a entidade, contratar mais 8 funcionários - hoje são 20 - e tirá-la do sobrado do bairro do Ipiranga. Lula disputará financiadores com quem concorrer na eleição municipal. Okamotto não diz quanto arrecadou para o instituto em 2011. Informa apenas que foi "um pouco mais do que o suficiente" para cobrir as despesas, estimadas em R$ 2 milhões. No instituto, há poucos projetos em andamento para a África e América Latina, apesar de esse ter sido o mote da sua criação. (Págs. 1 e A5)
Foto-legenda: Expansão global
O Citigroup vai centralizar no Brasil o comando das transações globais para a América Latina. O novo chefe da área, o argentino Fernando Iraola, chega com a responsabilidade de ganhar mercado para uma das divisões que mais crescem no banco americano. (Págs. 1 e C8)
Carne bovina perde mercado na Europa
No elegante açougue Jack O'Shea, em Bruxelas, o quilo de contrafilé importado custa € 37, o equivalente a R$ 84. Com as incertezas da crise na zona do euro, mesmo quem tem boa renda foge da carne bovina e prefere comprar carnes brancas mais baratas. O consumo de carne bovina caiu de 16 quilos para 14,4 quilos por habitante entre 2007 e 2011. Mas o de frango subiu de 19,4 quilos para 21,5 quilos.

Nesse contexto e com o embargo que houve ao produto brasileiro, as exportações de carne do Brasil para a UE caíram 68% de 2007 para 2011. O país chegou a fornecer 65% da carne importada pelos europeus. No ano passado, essa participação caiu para 39%. (Págs. 1 e B12)
Pressão da BDO contra grandes auditorias
Diretores da empresa britânica BDO estiveram pessoalmente no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para tentar convencer os conselheiros a tomar medidas urgentes para impedir as quatro maiores firmas de auditoria do mundo - KPMG, Deloitte, Price e Ernst & Young - de "adquirir" equipes inteiras de auditores de concorrentes menores no Brasil. Os executivos disseram que a Trevisan (aliada à BDO no país) é, hoje, um quarto do que foi no passado. (Págs. 1 e D4)
O endividamento também é preocupação da classe A
Entre as belas casas de um dos bairros mais nobres de São Paulo, um grupo se encontra semanalmente em um clima bem diferente das festas das redondezas. Duas das três reuniões dos Devedores Anônimos da cidade ocorrem nos Jardins e em Higienópolis. Já são comuns, seja nessas reuniões ou fora delas, casos de executivos e profissionais liberais que têm carreiras bem-sucedidas, mas enfrentam o descontrole das próprias finanças, ou de famílias inteiras da classe A que acabam se enredando em dívidas. O engenheiro Marco, que perdeu um salário fixo de R$ 20 mil, mas não conseguiu baixar o padrão de vida, e a aposentada Marley, que herdou dinheiro da família de fazendeiros e acabou gastando tudo cedo demais, são alguns exemplos.

O crédito farto, a perda súbita de um alto nível de renda e o consumo compulsivo estão entre os fatores que têm levado as classes mais altas a buscar ajuda. O problema também levou uma clínica particular a criar um programa especial para viciados em consumo. A reportagem está na revista ValorInveste, que circula hoje para os assinantes do jornal e venda em bancas. (Págs. 1 e Valor Investe)
Congressistas dos EUA apoiam proposta do Brasil de discutir cambio na OMC (Págs. 1 e A2)

Segurança pública é ponto fraco do governo Jaques Wagner (Págs. 1 e A6)

Eletrobras cobra devedores
A Eletrobras apertou o cerco aos devedores das distribuidoras federalizadas. Só no ano passado, a holding estatal conseguiu recuperar R$ 455 milhões de clientes inadimplentes com as contas de energia elétrica. (Págs. 1 e B1)
PanAmericano na Justiça do Trabalho
Pelo menos três ex-diretores do PanAmericano – todos citados no inquérito policial sobre fraudes no banco – ingressaram na Justiça reivindicando o pagamento de verbas trabalhistas. (Págs. 1 e C8)
Otimismo entre os ‘grafistas’
Depois de um 2011 ruim, a bolsa brasileira parece finalmente deslanchar – no ano, já acumula quase 15% de alta – e os adeptos da análise técnica não hesitam em afirmar que a tendência, agora, é de alta, rumo aos 70 mil pontos. (Págs. 1 e D3)
Idéias
Manuseto Almeida

A preocupação não é a sustentabilidade da dívida pública, mas o impacto dos gastos do governo na demanda agregada. (Págs. 1 e A10)
Idéias
Gustavo Loyola

Escalada protecionista é preocupante, principalmente por seus efeitos sobre o crescimento do país no médio e longo prazos. (Págs. 1 e A11)
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Estado de Minas

Manchete: Depois da tempestade, a bonança... Sem licitação
Além do sofrimento e do drama dos desabrigados e das famílias que perderam quase tudo, as enchentes trazem oportunidade para prefeitos mal-intencionados se aproveitarem. É o decreto de emergência. Ele permite que as compras mais urgentes e obras de reconstrução sejam feitas sem licitação. E a fiscalização é falha. A Controladoria Geral da União usa o método do sorteio e seus alvos, até agora, estão todos no Nordeste. Já no Ministério Público Federal apenas dois municípios mineiros estão sob investigação. (Págs. 1 e 3)
R$ 1,7 bi e 120 mil empregos
Estes são os números do mercado de aves, principalmente pássaros, equipamentos e acessórios necessários para a criação. O valor não inclui o contrabando, que tem forte atuação no setor. No mundo, os clandestinos movimentam de US$ 10 bilhões a US$ 20 bilhões. De acordo com a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, o Brasil responde por cerca de 10% deste valor, que inclui não apenas pássaros, mas também outros bichos. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) tem dados indicando que 90% das apreensões feitas são de aves. Não é para menos. Uma ararinha-azul, no exterior, vale US$ 50 mil. (Págs. 1 e 10)
Violência: Escalada de crimes passionais
Ataques contra mulheres marcaram o fim de semana. Em BH, um rapaz morreu após ameaçar a ex. Em Montes Claros, jovem foi mantida refém. O jogador Kleber também é acusado de agredir a esposa. (Págs. 1 e 19)
Estado retoma currículo completo (Págs. 1, 17 e 18)

Bahia: Tropa federal contra greve da polícia
A tropa de elite da Polícia Federal, 40 homens do Comando de Operações Táticas, chegou a Salvador para cumprir mandados de prisão contra os líderes policiais em greve. De terça até ontem foram registrados mais de 80 homicídios. (Págs. 1 e 7)
Consumidor: Meia-entrada é assunto mal resolvido até hoje (Págs. 1, 12 e 13)

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Jornal do Commercio

Manchete: Transposição parada, cidades na expectativa
Onde a obra foi interrompida, o boom econômico deixou saudades. Governo promete retomada. Esse é o tema da 2ª reportagem da série. (Págs. 1, 10 e 11)
Três aeroportos brasileiros vão a leilão hoje
Governo federal incluiu na rodada de privatização Guarulhos, Campinas e Brasília. (Págs. 1 e 9)
Criminalidade sem controle na Grande Salvador
Foram mais de 80 homicídios desde que a PM entrou em greve, dia 11. Rede privada suspendeu aulas e a Assembléia Legislativa foi ocupada por grevistas. (Págs. 1 e 5)
Mundo árabe no foco da Berlinale
Painel sobre a Primavera Árabe integra Festival de Berlim, que terá cobertura do JC. O brasileiro Xingu está na Mostra Panorama. (Págs. 1 e Caderno C, 1)
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Zero Hora

Manchete: Leilão abre hoje privatização de aeroportos
Concessão de terminais de Guarulhos, de Campinas e de Brasília atrai operadores internacionais. (Págs. 1 e 20)
A R$ 2,699: Gasolina tem preço igual em 73% dos postos
Levantamento da ANP, na Capital, mostra alinhamento até nos centavos. (Págs. 1 e 21)
Europa sob mau tempo: Portugueses enfrentam os altos impostos
No segundo dia da série que retrata a crise europeia, os desafios de Portugal. (Págs. 1 e 14)
Bem-vinda: Chuva traz alento à seca em Bagé
Cidade com estiagem mais duradoura registra mais de 100 mm de água. (Págs. 1 e 25)
Greve na Bahia: Por que a rebelião de PMs assusta
Depois de mais de 80 homicídios em seis dias, Polícia Federal entra em ação em Salvador. (Págs. 1, 4 e 5)
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Brasil Econômico

Manchete: Presidente da Câmara defende as MPs e o acordo para votar royalties
O deputado Marco Maia (PT-RS) afirma, em entrevista ao Brasil Econômico, que as medidas provisórias “não são uma limitação ao trabalho do Parlamento”. Ele vai lutar por consenso na votação da emenda que redistribui os royalties do petróleo. (Págs. 1 e 4)

Foto-legenda: Marco Maia
“A reforma política não morreu, mas tem enfrentado dificuldades”
Chefão da BlackRock manda investir em ações
Robert Doll, estrategista da gestora de fundos que administra US$ 3,5 trilhões, diz que neste ano dará ênfase a companhias que se aproveitam de retomada do crescimento americano. (Págs. 1 e 30)
ALE Combustíveis se prepara para o IPO
Para ganhar musculatura, rede de postos abrirá 200 novos pontos de venda neste ano. (Págs. 1 e 18)
Wickbold planeja faturar R$ 1 bilhão
A fabricante de pães amplia produção para ganhar mercado da Bimbo, dona da Pullman. (Págs. 1 e 22)
Água gera R$ 2 bi para estados e municípios
Valor foi distribuído em 2011 como compensação pela exploração dos recursos hídricos. (Págs. 1 e 8)
Tarifas mudam fluxo de Copasa e Sabesp
Valor da ação da empresa paulista se beneficia, enquanto o da concessionária mineira cai com a mudança no critério de revisão tarifária. (Págs. 1 e 32)
Regulação dos mercados volta a ser debatida (Págs. 1 e 36)

Ambientalistas em paz com petróleo na Amazônia (Págs. 1 e 40)

A hora certa de “dar um tempo” na carreira
Saiba como planejar um período sabático para reciclar seus conhecimentos, recarregar as baterias e, assim, dar um novo salto em sua trajetória profissional. (Págs. 1 e 34)
De olho nos editais
Para chegar a R$ 2 bi de receita, a CCE mira em vendas para governos e monta equipe especializada em licitações. (Págs. 1 e 24)
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